Ilha das cobras, a ilha mais perigosa do mundo fica no Brasil.

Vista de longe, a Ilha da Queimada Grande, também conhecida com ilha das cobras, localizada a cerca 30 km de Peruíbe e Itanhaém, parece mais um daqueles lugares bonitos que pensaríamos em visitar. Mas esta terrível ilha brasileira com cerca de um quilômetro e meio de comprimento tem a maior concentração de serpentes venenosas do mundo. São mais de 2.000 jararacas ilhoa, uma das serpentes mais mortíferas que existem. Algumas estimativas afirmam que há uma cobra por metro quadrado em alguns pontos.

Em 2010, o site Listverse elegeu a Ilha como o pior e mais perigoso lugar do mundo para se visitar. Á frente até mesmo de lugares como Chernobyl.

A ilha é considerada tão perigosa que a visita foi proibida pelo governo brasileiro. Mas antes disso, inúmeras pessoas se aventuraram por lá no passado, o que gerou várias lendas e contos nas cidades do entorno.

UMA DAS SERPENTES MAIS VENENOSAS DO MUNDO

A espécie de cobra mais endêmica nessa ilha é a Jararaca-Ilhoa (imagem acima). A razão pela qual a serpente se tornou tão mortal é um mistério, no entanto existe uma teoria predominante. Há 11.000 anos atrás o nível do mar subiu e separou a ilha do Brasil. As cobras que acabaram encalhadas na Ilha da Queimada Grande não tinham predadores no nível do solo, permitindo que se reproduzissem rapidamente.

Como não tinham presas ao solo, para encontrar comida, as cobras subiam na copa das árvores, predando aves migratórias que visitam a ilha sazonalmente  durante longos vôos. Mas a jararaca ilhoa não consegue rastrear os pássaros que mordem, então, desenvolveram veneno incrivelmente potente e eficiente, cinco vezes mais potente do que de outras cobras, capaz de matar a maioria das vítimas (e derreter carne humana) quase que instantaneamente.

Muitos caçadores ilegais fazem expedições não autorizadas a procura das jararacas-ilhoas. Cada cobra pode ser vendida no mercado negro por mais de 15 mil dólares.

 LENDAS E HISTÓRIAS DA ILHA DAS COBRAS

A ilha se chama Queimada Grande porque os pescadores locais costumavam desembarcar na ilha, e só era possível após atearem fogo nas encostas, a fim de afugentar a incrível quantidade de serpentes que impossibilitavam o acesso. Atualmente, com exceção de pesquisadores, ninguém se arrisca a passear por lá.

Alguns afirmam que as serpentes foram colocadas na ilha por piratas na esperança de proteger um grande tesouro.

No começo do século XX, agricultores tentaram criar uma plantação de banana na ilha. Eles achavam que conseguiriam matar todas as cobras queimando a ilha inteira. Mas elas sobreviveram se escondendo nas cavernas e fendas da ilha. Os planos da plantação foram abandonados.

Dizem que alguns anos atrás um pescador vagava pela ilha à procura de bananas quando foi mordido. Ele conseguiu retornar ao seu barco, onde rapidamente o veneno fez efeito. O pescador foi encontrado algum tempo depois dentro do seu barco em uma grande piscina de sangue.

De 1909 a 1920, algumas pessoas viveram na ilha, a fim de executar o seu farol. Mas de acordo com outro conto local, o último guardião do farol, juntamente com toda a sua família, morreu quando em uma noite uma cobra entrou pela janela e atacou o homem, ele, sua esposa e seus três filhos correram assustados para escapar,  mas todos foram picados por cobras enquanto desciam o morro.

Na foto abaixo podemos ver a proximidade entre a ilha das cobras e o continente.

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